Quando me perguntam qual a primeira vez que entrei em contato com a Aromaterapia, minha memória na me leva de volta á infância, a um armário bem fechado a chaves por meu pai. Lá, este senhor libanês que veio ao Brasil com 30 e poucos anos, guardava pequenos frascos brilhantes, muito bonitos pequenos e extremamente delicados, com preciosos perfumes trazidos de sua terra natal, que ele usava raras vezes. E eram apenas duas gotinhas nele e duas na minha mãe.
Meu fascínio por estes frascos era tanto que eu ansiava poder olhar aqueles belos vidrinhos e sentir o aroma especial de cada um deles. De tão curiosa, passei a aguçar os sentidos, a ponto de minha mãe dizer que meu nariz era realmente muito bom para distinguir qualquer odor.
Em casa, nossa família sempre foi adepta às antigas receitas caseiras: para curar mal estar, gripes e resfriados, para deixar a pele bonita, clarear os dentes e por aí vai.
Assim, ao completar 16 anos, optei por levar adiante esta escolha de vida natural e saudável e entrei de cabeça, corpo e alma na prática da alimentação macrobiótica. Como consequência, meus estudos me levaram a outro nível de conscientização, as lições de vida da Antroposofia, uma árte de conhecimentos multidisciplinares criada por Rudolf Steiner, e eu, novamente, estava envolta pela antiga sabedoria da cura envolvendo o poder das plantas através da Fitoterapia de Steiner.